Um saco de risadas no fim do túnel
Toda criança que um dia cresce e diz "Eu tive infância" teve, certemente, como influência nessa sensação de completude, o circo.
Nem que isso corresponda ao recorrente medo ou ódio do palhaço. Todos aqueles provavelmente já pensaram em ter um leão, um urso, um pônei ou um tigre no quarto, junto com os outros brinquedos, tentaram descobrir como se fazia aquela mágica fabulosa, na qual o coelho saía da cartola e outros, já mostrando tendências, como se partia alguém ao meio.
Nem que isso corresponda ao recorrente medo ou ódio do palhaço. Todos aqueles provavelmente já pensaram em ter um leão, um urso, um pônei ou um tigre no quarto, junto com os outros brinquedos, tentaram descobrir como se fazia aquela mágica fabulosa, na qual o coelho saía da cartola e outros, já mostrando tendências, como se partia alguém ao meio.
Os tempos mudaram, as crianças se desenvolvem agora baseando-se em paradigmas diferentes, a tecnologia avança em uma velocidade estonteante, relegando o que é tradicional e artesanal à poeira.
Assim, grandes companhias vão fenecendo e as que restam evidenciam uma decadência patente.
As lacunas deixadas, no entanto, se vêem preenchidas, felizmente, quando um grupo chamado Giullare del Diavolo resolve reformular a idéia de forma tão rica, juntando malabarismo e improvisações, inspirados nos bobos da corte e saltimbancos medievais, com a idéia de viver viajando o mundo.
Aproveitam-se disso para desenvolver seu objetivo da forma mais nobre; levar a crianças de países que sofrem com guerras e com a miséria um pouco de diversão, através da iniciativa denominada Palhaços Sem Fronteiras (Giullari senza Frontiere).
Esta semana, dia 10 de novembro, se apresentaram na Praça de Serviços da UFMG com o espetáculo TAO, como parte da programação cultural semanal da Universidade.
O italiano Stefano Catarinelli, um dos fundadores do projeto nascido em 1993, e Rose Zambezzi, brasileira de nascença e formação e que integrou-se ao grupo em 2000, retratam o conflito engraçadíssimo entre o anjo Gabriel, um equilibrista exigente, e sua assistente Querubina, que tenta a todo modo fazer com que seus números chamem tanta atenção quanto os dele, resultando em coisas simples, mas estupendamente hilárias como a hipnose da vaquinha e a transmissão da chama entre dois isqueiros.
A interação com o público, de forma direta, é um ponto muito forte no trabalho do grupo.
Em um momento singular, à parte mesmo, da apresentação, Rose Zambezzi realiza a impressionante dança das esferas (danza delle sfere), na qual equilibra uma esfera transparente na cabeça e realiza movimentos diversos, com esferas bailando nas mãos. O resultado é, no mínimo, gracioso.
Momento tietagem instantânea. Roze Zambezzi e Filipe.
A inquietação nostágilca de quem gosta desse tipo de diversão, teve por alguns minutos o alento de quem vê sinais de vida (muita vida) em um moribundo que lhe é querido.
Quem não passou por lá, decerto perdeu uma grande oportunidade de reviver a alegria pueril dos tempos de criança em uma dose cavalar.
4 Comments:
q lindo filipinho....
eu so nao fui pq eu viajo todo dia pra minha casa.....
heheheeh
bjins
mt bom o texto.De novo.
esse é o dylon!! cobertura jornalística a altura do evento... fotografia finíssima tb!
(só queria saber como fizeram a transmissão de chamas entre dois isqueiros com o dylon por perto? eles devem ter um santo mto forte... se fosse eu, a essa hra a praça de serviços estava em cinzas) hahah
mas mto bom dylon, parabens pelo texto.
(breiller, sacanagem... rsrsrsrs...)
mto bom, sr. filipe... ¡congratulaciones!
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